UM
CAPITALISMO “DURO” NO PLANEJAMENTO DA CIDADE
Gert Roland Fischer (*)
Está tudo pronto. Só falta
sacramentar. O IPPUJ - desde o governo esquerdista do Carlito vem sofrendo assédio
dos Sindicatos ligados a construção civil e do setor imobiliário, entidades com
poder absoluto conquistado,
com filiados especuladores
detentores de vastas áreas da cidade e
zona rural. Detém um patrimônio que de acordo com a LOT – Lei de Ordenamento do
solo que esta pronta, dobrará ou triplicará os lucros de bilhões de reais, em poucos anos,
num gigantesco esquema de concentração da riqueza que beneficiará alguns
poucos.
As estratégias de poder estão
todas milimetricamente colocadas. Vejamos: Os conselheiros escolhidos de acordo
com o plano foram empossados. Na quarta feira dia 20 de junho será a primeira reunião
do conselho “legal”. Será um dia de trabalho na cidade. O horário da reunião -
marcado também estrategicamente - será às 15:00 horas. Para quem tem empresa, é
empregado ou profissional autônomo, sabe
que uma agenda às 15:00 horas mata a tarde toda. Prejuízo na certa para os
conselheiros voluntários representando a sociedade civil organizada de
moradores de bairros. O local da reunião
também foi meticulosamente estudado: Sociedade harmonia Lira. Centro, rua de
mão única, sem estacionamento, zona azul de duas horas de cartão, criando
problemas para os que vêm dos bairros. A quem esse tabuleiro de xadrez vai
beneficiar? Beneficiará conselheiros fiéis escolhidos pelo executivo –
secretários e comissionados que por estarem em pleno expediente, deverão fazer
presença para garantir os 20 votos,
“votos” que virão em carros oficiais pagos pelos contribuintes e que os
deixarão na porta do prédio onde será o evento e os buscarão as 18:00 horas.
Entenderam? A
agenda objetivou dificultar a presença de conselheiros que representam o
cidadão que luta por qualidade de vida e garantir e oferecer facilidades aos
votos de caixão que estão sob ordens do poder imobiliário especulativo.
O que será tratado nessa
primeira reunião do Conselho da Cidade?
Aprovação do regimento interno,
formatado com clausulas que facilitam a aprovação de qualquer proposição da
maioria instalada. Para dificultar o trabalho voluntário dos poucos
conselheiros eleitos que defendem uma Joinville mais saudável e aprazível, a
minuta deste “regimento interno desconhecido” não foi enviada antecipadamente para os conselheiros. Porque? Para impedir que
as associações de moradores de Bairros pudessem estudá-lo com seus assessores
jurídicos e urbanistas e assim impedir que pudessem adequá-lo aos anseios da
cidadania.
O segundo e ultimo item da
agenda dessa reunião do dia 20, será a confirmação do presidente do Conselho da
Cidade que já foi escolhido há muito tempo atrás. A votação será tranqüila
deste “ungido”. Os votos dos conselheiros “amigos” farão a maioria absoluta. Trata-se de um representante da dureza
capitalista especulativa que há décadas vem montando as pedras desse mosaico
urbano e rural. Com a “legalização desse tabuleiro de poder, a qualidade de vida
em Joinville despencará. Os gigantescos
lucros, FINALMENTE, acontecerão.
A Joinville verde, com qualidade
de vida e prazerosa ainda de se viver, mais uma vez perde. Há tempos atrás, foi
escolhida pelo poder especulativo como cidades de porte médio de qualidade de vida
invejável, com muito verde, como palco de garantia de gigantesco lucros
imobiliários, vendidos como requisitos poderosos atendendo as fantasias e sonhos de muitos incautos.
Nas “democracias” atuais, esse é
o jogo do poder(h) que se concreta, graças a uma coletividade que não se lhes concede o
direito a uma boa educação e assim tornando-a refém sem capacidade para montar forças
equivalentes para o enfrentamento do JOGO DO PODER. O triste resultado é sempre
o mesmo: chorará copiosamente pelo Leite
derramado que não soube evitar que se derramasse.
(*)
Conselheiro Suplente pela APREMA-SC
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