Sensacionalismo inoprtuno da imprensa
e das autoridades sanitárias sobre o
Caramujo Africano.
Gert
Roland Fischer(*)
Silvana Thiego trabalha no Departamento de Malacologia do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, que é centro de referência nacional em
malacologia médica, atua na identificação do molusco e no estudo das doenças
que ele pode transmitir ao homem.
Sivana comenta que existem duas zoonoses que podem ser transmitidas pelo
caramujo africano. Uma delas é chamada de meningite eosinofílica, causada por
um verme [Angiostrongylus cantonensis],
que passa pelo sistema nervoso central, antes de se alojar nos pulmões. A
doença so prospera se houver no ciclo
moluscos e roedores. Silvana não especificou quais os moluscos e roedores que fazem parte
dessa pesquisa. Entre moluscos constam centenas de caracóis nativos que também
poderão ser transmissores. Os roedores são inúmeros e a pesquisa não deve ter
chegado tão longe. Concluindo disse: O homem pode
entrar acidentalmente neste ciclo.Todavia o mais estarrecedor de todas as
informações, Silvana informou que no Brasil não há registro de nenhum caso da
doença. Sivana
também comentou sobre o angiostrongilíase abdominal, outro nematóide que
pode colonizar os caramujos nativos e também o Achatina. Disse que existem
alguns poucos casos já registrados no Brasil, todavia não foram de forma alguma transmitidos pelo caramujo africano.
A pesquisadora comentou ainda que a angiostrangilíase abdominal [causada pelo
parasito Angiostrongylus costaricensis] muitas vezes é assintomática,
mas em alguns casos pode levar ao óbito, por perfuração intestinal e
peritonite. “Em testes realizados em laboratório, Achatina fulica não se revelou um bom hospedeiro, sendo portanto
considerado um hospedeiro potencial para o parasita, causador da
angiostrongilíase abdominal – mas, friso, trata-se de um hospedeiro potencial.”Quanto ao risco de os caramujos africanos passarem a
transmitir estas doenças a pesquisadora Silvana informou:“ No atual
estado do conhecimento, podemos afirmar que o risco do caramujo africano transmitir estas duas parasitoses é
muito pequeno”. O caramujo
africano costuma ser confundido com um molusco nativo brasileiro, o Megalobulimus
sp, conhecido como caramujo-da-boca-rosada ou aruá-do-mato espécie
da nossa fauna e se parece com o Achatina fulica por seu tamanho, o que
é um alto risco para a preservação das espécies de caracóis brasileiros.
Gert - Concluo: Para tanto estardalhaço criado pela da
mídia catarinense e Joinvilense, aterrorizando as famílias e as crianças que
sempre brincaram com os caramujos, me vem uma grande pergunta:
O que estará atrás desse sensacionalismo. A quem
interessa essas desinformações ?
Entrevista
completa:
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=211&infoid=770&sid=3
(*) Eng. agrônomo CREA-SC
001288-4 profissional e legalmente autorizado a comentar sobre a Achatina fulica e demais caramujos
brasileiros
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