16 de janeiro de 2013

+ INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA.



Sensacionalismo inoprtuno da imprensa e das autoridades sanitárias  sobre o Caramujo Africano
Gert Roland Fischer(*)
Silvana Thiego trabalha no Departamento de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz, que é centro de referência nacional em malacologia médica, atua na identificação do molusco e no estudo das doenças que ele pode transmitir ao homem.
Sivana comenta que existem duas zoonoses que podem ser transmitidas pelo caramujo africano. Uma delas é chamada de meningite eosinofílica, causada por um verme [Angiostrongylus cantonensis], que passa pelo sistema nervoso central, antes de se alojar nos pulmões. A doença so prospera se houver no ciclo moluscos e roedores. Silvana não  especificou  quais os moluscos e roedores que fazem parte dessa pesquisa. Entre moluscos constam centenas de caracóis nativos que também poderão ser transmissores. Os roedores são inúmeros e a pesquisa não deve ter chegado tão longe. Concluindo disse: O homem pode entrar acidentalmente neste ciclo.Todavia o mais estarrecedor de todas as informações, Silvana informou que no Brasil não há registro de nenhum caso da doença. Sivana também comentou sobre o angiostrongilíase abdominal, outro nematóide que pode colonizar os caramujos nativos e também o Achatina. Disse que existem alguns poucos casos já registrados no Brasil, todavia não foram de forma alguma transmitidos pelo caramujo africano. A pesquisadora comentou ainda que a angiostrangilíase abdominal [causada pelo parasito Angiostrongylus costaricensis] muitas vezes é assintomática, mas em alguns casos pode levar ao óbito, por perfuração intestinal e peritonite. “Em testes realizados em laboratório, Achatina fulica não se revelou um bom hospedeiro, sendo portanto considerado um hospedeiro potencial para o parasita,  causador da angiostrongilíase abdominal – mas, friso, trata-se de um hospedeiro potencial.”Quanto ao  risco de os caramujos africanos passarem a transmitir estas doenças a pesquisadora Silvana informou:“ No atual estado do conhecimento, podemos afirmar que o risco do caramujo africano transmitir estas duas parasitoses é muito pequeno”. O caramujo africano costuma ser confundido com um molusco nativo brasileiro, o Megalobulimus sp, conhecido como caramujo-da-boca-rosada ou aruá-do-mato espécie da nossa fauna e se parece com o Achatina fulica por seu tamanho, o que é um alto risco para a preservação das espécies de caracóis brasileiros.

Gert - Concluo: Para tanto estardalhaço criado pela da mídia catarinense e Joinvilense, aterrorizando as famílias e as crianças que sempre brincaram com os caramujos, me vem uma grande pergunta:
O que estará atrás desse sensacionalismo. A quem interessa essas desinformações ?

Entrevista completa:
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?from_info_index=211&infoid=770&sid=3

(*) Eng. agrônomo CREA-SC 001288-4 profissional e legalmente autorizado a comentar sobre a Achatina fulica e demais caramujos brasileiros 

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