17/01/2013 - 03h00 - Folha
Jean Wyllys afirma que 60% dos deputados contratam prostitutas
DE BRASÍLIA
Autor de um projeto de lei que legaliza a prostituição, o
deputado Jean Wyllys
(PSOL-RJ) afirmou que 60% dos homens do Congresso usam os serviços de
prostitutas. A declaração de Wyllys, homossexual assumido, foi feita
em entrevista ao portal iG, ao avaliar qual seria a chance de sua proposta ser
aprovada, uma vez que o tema é tabu para a maioria dos deputados.
"Eu diria que 60% da
população masculina do Congresso Nacional faz uso dos serviços das prostitutas,
então acho que esses caras vão querer fazer uso desse serviço em ambientes mais
seguros", disse.
A frase não foi bem
recebida por representantes da bancada evangélica, que pretendem trabalhar pelo
arquivamento da proposta.
"Se ele [Wyllys]
sabe quem faz isso, por uma questão de responsabilidade eu o desafio a dizer os
nomes dos deputados que vão aos prostíbulos", disse o deputado Anthony
Garotinho (PR-RJ), vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica.
O projeto de Wyllys
prevê que será considerada profissional do sexo
toda pessoa maior de 18 anos e absolutamente capaz que voluntariamente presta
serviços sexuais mediante remuneração. Segundo o texto, os profissionais poderão
atuar de forma autônoma ou em cooperativa e terão direito a aposentadoria
especial com 25 anos de serviço.
Na proposta, o
parlamentar também diferencia a prostituição da exploração sexual.
"É de um moralismo superficial causador de injustiças a
negação de direitos aos profissionais cuja existência nunca deixou de ser
fomentada pela própria sociedade que a condena", afirmou o deputado, que
não foi localizado pela Folha ontem.
Proposta similar
foi apresentada pelo ex-deputado Fernando Gabeira em 2003. Após pressão de
integrantes de setores conservadores da Casa, ela teve como destino o
arquivo.
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Recordando:
Prostitutas e politicos representam duas das mais antigas
atividades de nossa historia.......No entanto, a primeira se torna mais util,
mais digna e mais confiavel .
Em 1830 a prostituição foi legalizada na Holanda. Os argumentos a favor foram vários – desde o fim da violência contra as mulheres até as antigas tradições portuárias da cidade de Amsterdã, não faltou motivo para justificar o reconhecimento da “profissão mais antiga do mundo”.
Em 1830 a prostituição foi legalizada na Holanda. Os argumentos a favor foram vários – desde o fim da violência contra as mulheres até as antigas tradições portuárias da cidade de Amsterdã, não faltou motivo para justificar o reconhecimento da “profissão mais antiga do mundo”.
A maioria daquilo
que tem sido publicado na internet sobre o relacionamento de prostitutas com
parlamentares varia muito pouco. Elas têm como fundo ou uma mistura de
sociologia e psicanálise temperadas com o marxismo esquizofrênico de alguns
políticos , virtuoses de um simples “colunismo virtual”
O país inteiro ,
como hipnotizado, observa as diabrites dos parlamentares enquanto esquece de si
mesmo. Esquece o Mensalão, os mortos nas estradas, as pessoas agonizando nas
emergências imundas do SUS, os professores com salário de fome e a polícia
infestada de bandidos.
Até aí, tudo bem, ou
melhor , tudo mal, mas não há novidade em declarar que a internet brasileira
está alienando as pessoas. Muita gente já fez isso e há uma legião de
pensadores universitários petistas pronta ganhar bolsa de doutorado falando mal
dos parlamentares.
Pela primeira vez me vejo obrigado a concordar com os filósofos de botequim que afirmam que o “povo é isso aí mesmo”.
Pela primeira vez me vejo obrigado a concordar com os filósofos de botequim que afirmam que o “povo é isso aí mesmo”.
O que
este primarismo parece ter conseguido, e aí sim inovou , foi criar uma espécie
de moto contínuo, um ciclo interminável em que é possível se tornar mais
estúpido a medida que todos juntos, contemplamos diariamente a miséria da nossa
própria estupidez.
É o
consenso forjado na ignorância que legitima a atuação desses parlamentares
abrindo mão de sua dignidade, despindo-se de seu pudor, diluindo a sua
individualidade num mundo sem referência do certo ou do errado.
A comparação é inevitável : a Holanda – país que legalizou a prostituição e onde se escreveu o “Elogio da Loucura ” e o Brasil , país em que a lei se prostituiu e onde se está escrevendo o “Elogio da Estupidez”.
A comparação é inevitável : a Holanda – país que legalizou a prostituição e onde se escreveu o “Elogio da Loucura ” e o Brasil , país em que a lei se prostituiu e onde se está escrevendo o “Elogio da Estupidez”.
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