Eng. Gert Roland Fischer –
O askarel, Pyralene, arochlor pertencem a uma família de produtos
químicos - os PCBs - PolyChhloroBiphenilas) que são diluídos em solventes apropriados. Esses
produtos foram utilizados fartamente por mais de 50 anos, como liquido
dielétrico nos condensadores e transformadores. Pesquisas evidenciaram que - em
certas condições a combustão dos PCB pode liberar dioxinas e furanos que são
mutagênidos e teratogenicos. Misturas desses produtos químicos complexos são
muito tóxicos. Com o acidente de SEVESO na Italia as autoridades mundiais a
partir de 1981, proibiram o seu uso. http://www.dw.de/1976-explos%C3%A3o-provoca-vazamento-de-dioxina-em-seveso/a-871315.
O óleo askarel é altamente tóxico por conter
bifenila policlorada e alacloro - consideradas carcinogênicas. Afetam,
sobretudo, o fígado, baço, rins e pode causar danos irreversíveis ao sistema
nervoso.
A falta de conhecimento técnico da CELESC, é o
resultado desse vergonhoso acontecimento. Digo isso, por que durante 60 dias a
CELESC não se manifestou e não criou uma equipe de emergência para tratar dessa
acidente.
Algo catastrófico estava sendo esperado diante
das condições incríveis construídas no local de armazenamento do veneno. Caixa de
água da cor azul, não poderiam de forma alguma conterem o liquido perigoso,
expostas ao tempo, com tampas sem segurança, pessoas entrando na área, sem
vigilância, foram se acumulando ao ponto de se roubar registro desses tanques.
Os 12.000 litro vazados há mais de 60 dias
contaminaram uma grande área chegando ao manguezal e ao mar. Essa poluição
venenosa esta causando a morte de animais e plantas, pessoas da região se
queixam de dores de cabeça, ardume nos olhos e náuseas. O relato desses danos
sanitários e ambientais esta no blog de um fiscal da FATMA.
A imprensa noticiou que os óleos e o solo
contaminado serão retirados a partir do
dia 24 de janeiro 5ª. Feira. Informou ainda que o lixo toxico será encaminhado
para Joinville para uma empresa particular que trata desses resíduos.
Askarel para ser transportado devera ser em
caçambas blindadas que não permitam qualquer vazamento no percurso dos veículos
até o destino. Um projeto de deslocamento dessa frota gigantesca, deverá ser
licenciado pela FATMA.
Solo contaminado com Askarel deverá ser encaminhado para uma
empresa especializada em desativar esse tipo de óleo proibido. Uma organização
em Pato Branco tem a licença para a desativação de solos contaminados e desativação
dos óleos contaminados com o Pyralene.
Joinville não tem local seguro para essa
deposição nesses volumes gigantescos que serão retirados da área contaminada há
mais de 60 dias, com infiltrações profundas impossível de calcular os valores
finais totais.
A CELESC geradora do ASKAREL é responsável pelo
destino seguro e desativação técnica do mesmo. Um projeto deverá ser
desenvolvido especialmente para a estocagem do solo contaminado. Não será uma
central de recebimento de resíduos perigosos nesses volumes que improvisará a
recepção, expondo inclusive seus funcionários e o povo das imediações. Como se
trata de um liquido toxico persistente no solo e nas águas, os efeitos nocivos
e carcinogênico se prolongarão por longo período . A parte mais fraca da
natureza são os moluscos que não se locomovem e são obrigados a se alimentar
obrigatoriamente da água que passar em seu entorno. Vão se carregando da toxica
de forma assustadora. Os laudos e relatórios de laboratório deverão ser
divulgados constantemente para medir os nível de poluição nos alimentos
marinhos.
Força tarefa devera ser organizada pelas
agencias ambientais – IBAMA-FATMA e Fundação ambiental de Florianópolis.
Técnicos especialistas acostumados com esses problemas acidentais, deverão ser
convocados, pois se trata de algo muito pior que poderá acontecer.
Auditor ambiental EARA-IEMA N. 1162E-UK-1999
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