23 de janeiro de 2013

CELESC COMETE O CRIME AMBIENTAL DA DECADA




Eng. Gert Roland Fischer –

O askarel, Pyralene, arochlor pertencem a uma família de produtos químicos - os PCBs - PolyChhloroBiphenilas) que são diluídos em solventes apropriados. Esses produtos foram utilizados fartamente por mais de 50 anos, como liquido dielétrico nos condensadores e transformadores. Pesquisas evidenciaram que - em certas condições a combustão dos PCB pode liberar dioxinas e furanos que são mutagênidos e teratogenicos. Misturas desses produtos químicos complexos são muito tóxicos. Com o acidente de SEVESO na Italia as autoridades mundiais a partir de 1981,  proibiram o seu uso. http://www.dw.de/1976-explos%C3%A3o-provoca-vazamento-de-dioxina-em-seveso/a-871315.
O óleo askarel é altamente tóxico por conter bifenila policlorada e alacloro - consideradas carcinogênicas. Afetam, sobretudo, o fígado, baço, rins e pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso.
A falta de conhecimento técnico da CELESC, é o resultado desse vergonhoso acontecimento. Digo isso, por que durante 60 dias a CELESC não se manifestou e não criou uma equipe de emergência para tratar dessa acidente.
Algo catastrófico estava sendo esperado diante das condições incríveis construídas no local de armazenamento do veneno. Caixa de água da cor azul, não poderiam de forma alguma conterem o liquido perigoso, expostas ao tempo, com tampas sem segurança, pessoas entrando na área, sem vigilância, foram se acumulando ao ponto de se roubar registro desses tanques.
Os 12.000 litro vazados há mais de 60 dias contaminaram uma grande área chegando ao manguezal e ao mar. Essa poluição venenosa esta causando a morte de animais e plantas, pessoas da região se queixam de dores de cabeça, ardume nos olhos e náuseas. O relato desses danos sanitários e ambientais esta no blog de um fiscal da FATMA.
A imprensa noticiou que os óleos e o solo contaminado serão  retirados a partir do dia 24 de janeiro 5ª. Feira. Informou ainda que o lixo toxico será encaminhado para Joinville para uma empresa particular que trata desses resíduos.
Askarel para ser transportado devera ser em caçambas blindadas que não permitam qualquer vazamento no percurso dos veículos até o destino. Um projeto de deslocamento dessa frota gigantesca, deverá ser licenciado pela FATMA.
Solo contaminado com  Askarel deverá ser encaminhado para uma empresa especializada em desativar esse tipo de óleo proibido. Uma organização em Pato Branco tem a licença para a desativação de solos contaminados e desativação dos óleos contaminados com o Pyralene.
Joinville não tem local seguro para essa deposição nesses volumes gigantescos que serão retirados da área contaminada há mais de 60 dias, com infiltrações profundas impossível de calcular os valores finais totais.
A CELESC geradora do ASKAREL é responsável pelo destino seguro e desativação técnica do mesmo. Um projeto deverá ser desenvolvido especialmente para a estocagem do solo contaminado. Não será uma central de recebimento de resíduos perigosos nesses volumes que improvisará a recepção, expondo inclusive seus funcionários e o povo das imediações. Como se trata de um liquido toxico persistente no solo e nas águas, os efeitos nocivos e carcinogênico se prolongarão por longo período . A parte mais fraca da natureza são os moluscos que não se locomovem e são obrigados a se alimentar obrigatoriamente da água que passar em seu entorno. Vão se carregando da toxica de forma assustadora. Os laudos e relatórios de laboratório deverão ser divulgados constantemente para medir os nível de poluição nos alimentos marinhos.
Força tarefa devera ser organizada pelas agencias ambientais – IBAMA-FATMA e Fundação ambiental de Florianópolis. Técnicos especialistas acostumados com esses problemas acidentais, deverão ser convocados, pois se trata de algo muito pior que poderá acontecer.

Auditor ambiental EARA-IEMA N. 1162E-UK-1999

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