INVERSÃO DE
VALORES? FALTA DE BOM SENSO?
Quase 20 anos de
polêmicas ambientais envolvendo a duplicação da Régis Bittencourt (BR-116) na
Serra do Cafezal (Registro/SP) que liga o Brasil ao Sul e Mercosul.
O trecho não
duplicado (19 kms) do 344 ao 363, não obteve a licença do IBAMA.
Será que é motivo
de comemoração?
As pessoas não tem
alternativa, pois esta é a única ligação entre o leste do sudeste e o
sul/mercosul. O movimento neste trecho é enorme.
"Quem de nós não
tem uma história triste para contar sobre esta estrada. Era preciso que a BR-116
deixasse de ser a ESTRADA DA MORTE", disse uma vez a prefeita
de Registro...
Esta demora é
inaceitável, pois muitos seres humanos foram mortos, e serão mortos, em
acidentes causados pela falta da duplicação.
QUANTOS SERES
HUMANOS AINDA SERÃO EXTERMINADOS NO TRECHO NÃO APROVADO?
Um dos lados, ou
ambos, está agindo de forma irresponsável e causando a morte de seres humanos.
Não consigo entender como podem comemorar.
Pelo que entendi, a
divergência é porque a “Imigrantes aplicou para o trecho de Serra 100% de
obras de arte, preservando todo o bioma de Mata Atlântica e da Serra do Mar”,
enquanto a “Régis Bittencourt está propondo investir +-50 % em tuneis e
viadutos, sendo o restante da obra de duplicação em cortes e
aterros”
Se eu estiver
errado me corrijam, mas vou fazer alguns comentários, limitados ao meu pouco
conhecimento do projeto, mas amparados pelo bom senso comum e a vontade de fazer
algo que funcione.
A Imigrantes foi
uma estrada completamente nova onde as duas pistas foram construídas numa área
que era totalmente preservada.
A Régis Bittencourt
não é uma estrada nova, pois já existe uma pista feita com cortes e aterros,
portanto o impacto ambiental já existe.
Me parece que o
pior impacto ambiental não é a área fisicamente ocupada pela pista (que é muito
pequeno quando comparado ao tamanho da área preservada) e sim o fato de que
impede a passagem da fauna entre os dois lados da pista já existente. Além disto
os congestionamentos aumentam em muito a poluição, pois com o trânsito livre a
poluição seria muito menor.
Me parece que de
nada vai adiantar fazer uma pista nova com 19 kms de túneis e viadutos e deixar
a pista antiga como está, impedindo a passagem da fauna.
Me parece que
preservar +-50% da nova pista por meio de tuneis e viadutos já é algo razoável.
Se fossemos preservar 100% de tudo, então nós todos teríamos que deixar de
existir, pois cada um de nós para continuar vivendo está causando impactos
ambientais, pois tudo, absolutamente tudo, que consumimos para nos manter vivos
vem da natureza.
Me parece que seria
muito mais efetivo preservar +- 50% na nova pista e fazer com que a pista já
existente seja demolida em alguns pontos, passando a ser por meio de alguns dos
novos tuneis e viadutos, de forma a abrir corredores para a passagem da
fauna.
Espero que
prevaleça o bom senso e que, além de preservar a natureza, passemos também a
preservar os seres humanos.
Vinícius Nardi,
por
uma Preservação Justa, Sustentável e Eficaz
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