CDB –Centro de desenvolvimento
biotecnológico de Joinville
Gert Roland
Fischer
1° capitulo.
Reproduzo
importante informação sobre o que poderia ter sido o CDB. http://www.ocyt.org.co/esocite/Ponencias_ESOCITEPDF/4BRS031.pdf
O
CDB foi implantado em 1991 em Joinville com o propósito de desenvolver pesquisas na
área de biotecnologia no Estado de Santa Catarina. Mais precisamente, a sua
criação visava à produção de insumos para as indústrias de alimentos, ração e
farmacêutica como, por exemplo, aminoácidos, vitaminas, enzimas, fermentos
lácteos, colorantes e outros aditivos que no período eram, em sua maioria,
importados. Assim, o CDB compreendeu um esforço de desenvolvimento institucional
e capacitação numa área considerada de ponta e, ao mesmo tempo, uma
oportunidade para ocupar novos espaços estratégicos economicamente importantes
associada, principalmente, às agroindústrias de alimentos de Santa Catarina.
As
principais atividades desenvolvidas pelo CDB compreendiam Pesquisa e Desenvolvimento
[P&D], formação, capacitação e intercâmbio científico, bem como a
colaboração com o setor produtivo e preservação ambiental. Para isso, mantinha
relações com diversos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Santa
Catarina [UFSC], a Faculdade de Química de Lorena, a UNIVILLE e a FURB, bem
como acordos de cooperação com instituições na Alemanha, Portugal, Argentina e
Chile. As atividades de P&D
desenvolvidas pelo CDB concentravam-se basicamente na biotecnologia industrial
e os projetos, na sua grande maioria, eram enquadrados num nível intermediário
de complexidade.
A
criação do CDB estabeleceu-se a partir da iniciativa da Secretaria Estadual de
Ciência e Tecnologia de Santa Catarina e do apoio do CNPq e da FINEP, da
Associação Comercial e Industrial de Joinville e do governo alemão por meio de
duas instituições de pesquisa:
Gesellschaft für Biotechnologische Forschung [GBF] e
Forschungszentrum Jülich [KFA].
Três
fatores explicam tanto a localização
quanto a configuração institucional
desse programa. O primeiro fator compreende a iniciativa pessoal do então titular da Secretaria Estadual de
Ciência e Tecnologia de Santa Catarina,
Odilon Salmória; em segundo, o contexto no qual a biotecnologia foi
declarada área de interesse estratégico nacional pelo PNDR, em 1986; e, por
último, a ação do então Ministro da Ciência e Tecnologia (Morali, 1996).
O
CDB era gerido por um conselho de administração composto pela Secretaria de Estado
de Tecnologia, Energia e Meio Ambiente, pelas Centrais Elétricas de Santa
Catarina S/A, pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Difusão Tecnológica de Santa Catarina S/A, pela Fundação Osvaldo Cruz,
pela Fundação 25 de Julho, pela
Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais, pela Associação Comercial e Industrial de Joinville, pela Federação das Associações
Comerciais e Industriais de Santa Catarina, e pela Confederação Nacional da
Indústria.
É
interessante notar que, quanto à composição
de seu conselho de administração, as universidades não possuíam assento,
apesar de desempenharem um papel decisivo no desenvolvimento das atividades de
pesquisa.
O
CDB desenvolveu bens e serviços de origem biotecnológica, através de estudos
relacionados a microorganismos, fármacos,
alimentos, insumos biológicos e químicos, bioreatores, energia e gestão
ambiental. Os principais projetos de pesquisa desenvolvidos para a demanda de
mercado estão listados no quadro a seguir.
Principais projetos de pesquisa desenvolvidos pelo CDB
Produção de
concentrado nitrogenado em planta piloto a partir de soro de queijo por Lactobacillus
bulgaricus;
- Produção de sorbitol e de ácido glicônico por Zymomonas mobilis;
- Produção de acetaldeído por Zymomonas mobilis;
- Produção de oligofrutados a partir de insulina;
- Produção de enzimas de restrição;
- Desenvolvimento de processo de produção
industrial de Bacillus Thuringiensis;
- Produção de enzimas de interesse industrial (Lactase) a partir do soro de queijo por
Kluyveromyces marxianus;
- Desenvolvimento de bioreator para o laboratório.
No
que se refere às atividades de P&D, o CDB participava, junto com outras
instituições, de dois grandes projetos na área ambiental: o Projeto de
Tratamento de Dejetos da suinocultura e o Projeto Joinville. No que se refere aos projetos realizados para o
setor produtivo, destacam-se a otimização do processo de produção de películas de celulose para uso
químico-farmacêutico e a produção de um antagônico microbiano para distúrbios
gastrointestinais.
www.ecologiaemacao.com – TV CIDADE JOINVILLE.
Mais informações sobre o trabalho que vinha desenvolvendo o CDB.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-66322003000200001&script=sci_arttext
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Morreu Mário Cesar Cubas
·
Prezados
ResponderExcluirInfelizmente só vi hoje esta notícia. Está equivocada a informação que as Universidades não participavam do CDB. Participavam dos conselhos e da Assembléia Geral:
ACIJ,Fundação 25 de Julho,Fundação Oswaldo Cruz,
GBF(Alemanha), Universidades(UFSC, FURB e UNIVILLE onde a cada período uma tinha a cadeira no conselho), CELESC, FACISC, EPAGRI(na época EMPASC) a então Secretaria de C&T de SC. Relativo as Universidades, inclusive o Prof. José Tafner então reitor da FURB, foi Presidente do Conselho de Administração do CDB. O Prof Rodolfo Pinto da Luz também participou do Conselho.
Não participava a Associação dos Laboratórios Farmaceuticos Nacionais a qual não conheço.
São infelizmente informações que se perdem com o tempo e inclusive a importância do próprio CDB e quem sabe em uma outra postagem possamos apresentar.
É um pesar a morte de Mario Cesar Cubas, um grande incentivador do CDB.
Jairo Coelho de Souza
ex-Diretor Administrativo do CDB
jairojcsf@gmail.com