(*) Gert
Roland Fischer
Li no
plano XV que o candidato promete um banco de projetos enchendo as prateleiras
da intelectualidade do município, para apresentar - o tempo todo, ao Governante
do Estado e aos ministros do Governo federal, e liberar recursos para executá-los.
Que
proposta sensacional. É a primeira vez que tomo conhecimento de algo tão
importante.
Há
muitos anos assisto romarias de prefeitos viajando com seus séquitos
perdulários para Brasília, fazendo
romarias aos ministérios garimpando recursos. Esses prefeitos - conhecidos como
pedintes de chapéu nas mãos, jamais traziam certezas. Traziam sim - esperanças
de receber sem data certa, alguns trocados como esmolas. Sempre foi assim.
Na
prefeitura de Joinville a fabrica de projetos está escondida no IPPUJ. Oferece
ao contribuinte uma produção insignificante, medíocre e ridícula. O expediente
reduzido e gazeteado por muitos, causa baixa produtividade de duvidosa qualidade.
A outra metade é utilizada para “bicos” quando se produzem projetos em regime particular.
Os baixos custos e a péssima qualidade desses projetos arrasam e desestimulam o
setor. Muitas inteligências emigram.
Para
lotar as prateleiras de projetos, serão convocados micro empresários,
consultorias especializadas para o mutirão. Manuais de procedimentos obtidos a
custo zero da municipalidade, oferecerão aos profissionais o detalhamento
necessário. Os projetos com contratos de risco, ao serem aprovados serão pagos
imediatamente e não correrão o risco de subtrações monetárias intempestivas
para “garantir” os pagamentos.
Não acontecerá
mais que uma mesma consultoria produzirá todos os projetos. Não se praticará preços
previamente combinados. A transparência desejada pelo contribuinte não
permitirá mais a prática da transversalidade
criminosa com a distribuição de benefícios para o bando.
A produção
intelectual terá garantias dos direitos autorais. A inteligência local será largamente
prestigiada. O moral abalado será substituído pelo otimismo, pelo empreendedorismo
sadio. Os projetos vencedores serão apresentados em audiências publicas pelos
autores.
As associações de engenheiros, biólogos,
juristas, economistas, administradores, topógrafos, analistas, estatísticos,
revisores, etc. etc. – todos - serão beneficiados
com esses ventos da legalidade. O setor voltará a sorrir. Uma nova injeção de animo afastará as nuvens
negras que pousam ainda sobre muitas instituições que manipulam oficialmente
projetos com a farta distribuição de dividendos. As notícias desses novos tempos de moralidade
administrativa voarão pelo campus semeando o entusiasmo e esperanças de
sucessos. Uma onda vigorosa restabelecerá a vontade de estudar. Enfrentar
concorrências sadias, sem falcatruas e sem corrupção, será o alento de oportunidades para todos. Os mais
competentes serão reconhecidos e valorizados.
Considerando
somente esse item do programa desse candidato, pode-se imaginá-lo no pódio para
receber a medalha de ouro.
(*) Produtor do programa Ecologia em Ação
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