Acabei de assistir no programa oficial eleitoral desta noite de sexta feira 24 de Agosto, as montagens feitas pelo marqueteiro do candidato que invadiu pessoalmente extensas áreas de mangues para doa-las aos clientes eleitores. Foi na década de 90. Os entrevistados contaram da coragem desse funcionário do Município, em adentrar nos manguezais e mostrar onde poderiam ser invadidos. Mostrou como os tratores da prefeitura, traziam o barro dos morros de Preservação Permanente para as aras invadidas batizadas enganosamente de URBANIZAÇÃO.
Agora novamente esse mesmo candidato, volta a incitar os clientes atendidos na década de 90 - mais de 10.000 - que receberam lotes roubados da coletividade em área de preservação permanente. Privatizadas e urbanizados foram distribuídos. Ganhar eleição com a distribuição de áreas de preservação permanente é crime hediondo.
Novo embate eleitoral. O marqueteiro do candidato relembra os tempos em que crimes ambientais eram encobertos e apela, mais uma vez para garantir os mesmos votos acrescidos de votos dos filhos e noras daqueles clientes.
Essa incitação deveria ser analisada pela Justiça eleitoral pois trata-se de crime ambiental enquadrado na Lei 9.605/2008. Os lotes da década de 90 do seculo passado, são vendidos hoje por mais de R$ 150.000,00 cada . Conheço um desses invasores profissionais que vendeu dez lotes e faturou mais de Um milhão de reais.

Essas áreas invadidas eram produtoras de vida e de comida. Agora pertencem a pessoas que de forma desonesta as invadiram. Essa historia é conhecida pela intelectualidade votante atual.
É incrível a audácia e a arrogância desse forasteiro que coloca dentro de nossas casas uma propaganda eleitoral tão enganosa. O horário eleitoral é cedido pelos contribuintes. O Far West continua como se estivéssemos em terras de ninguém.
A justiça eleitoral com a palavra e o veredito.
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