20 / 08 / 2012
COMENTÁRIO TÉCNICO DE SEGURANÇA JURIDICA:
O artigo abaixo deverá servir de alerta para os consumidores brasileiros. Com a erosão genética, ou seja, cultivares artificialmente criados em laboratórios de empresas sementeiras destinam-se para aumentar os lucros e subjugar agricultores, tornando-os escravos. Serão forçados a comprar sementes dessas organizações. Os produtos aumentarão de preços e muito. O controle sobre os alimentos esta se fechando.
O artigo abaixo deverá servir de alerta para os consumidores brasileiros. Com a erosão genética, ou seja, cultivares artificialmente criados em laboratórios de empresas sementeiras destinam-se para aumentar os lucros e subjugar agricultores, tornando-os escravos. Serão forçados a comprar sementes dessas organizações. Os produtos aumentarão de preços e muito. O controle sobre os alimentos esta se fechando.
No caso da pesquisa brasileira é a EMBRAPA, empresa brasileira de pesquisa agropecuária, financiada pelo contribuinte brasileiro, é que produz a maioria dos cultivares criados em seus laboratórios. Quando esses novos cultivares são criados pela EMBRAPA, a propriedade da patente será do contribuinte brasileiro. Ajudará o produtor rural brasileiro a ganhar mais ao oferecer cultivares apurados. Todavia, se essa mesma EMBRAPA, "VENDER" esses cultivares patenteados com os impostos do contribuinte brasileiro, nossos agricultores enfrentarão mais esse novo desafio.
Uma das empresas mundiais que dominam grande parte dos cultivares patenteados-SYNGENTA - significa que ninguém poderá plantá-los sem pagar caro pela semente. Uma vez plantada a semente "patenteada" o produtor será submetido a cobrança de "royalties" quando os produtos chegarem nas prateleiras dos supermercados e feiras livres.
22.08.2012 - Gert Roland Fischer - Eng° Agr° Crea-sc 1200-4 - Cart. profissional 46-D
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Até pimentão: cientistas criam cada vez mais frutas sem sementes
No
Brasil, se você encontrar uma criança com um pimentão no bolso, vai achar que é
algum tipo suspeito de brincadeira. Já nos Estados Unidos, um minipimentão sem
sementes está fazendo bastante sucesso nas escolas. “A Angello Sweet &
Seedless Pepper (Pimentão Angello Doce e Sem Sementes, em português) é uma nova
variedade de pimentão sem semente, em formato cônico, com sabor doce e
crocante”, descreveu a empresa responsável, a suíca Syngenta, que conquistou,
pelo Angello, o prêmio de inovação na feira Fruits Logistica deste ano, em
fevereiro, em Berlim, na Alemanha.
Com
uma cor vermelha vibrante e uma casca fina, ele mede de 5 a 10 centímetros e
pesa entre 10 e 30 g. “É uma boa fonte de vitamina C e está disponível o ano
todo, de produtores da Espanha, de Israel e da Nova Zelândia”.
O
pimentão é apenas a mais recente novidade no mercado americano, onde 80% das
melancias consumidas não possuem sementes. “No exterior, praticamente todos os
citrus (grupo que contém frutas como laranja, limão e tangerina) são produzidos
sem sementes”, conta Roberto Pedroso de Oliveira, pesquisador da Embrapa na
unidade Clima Temperado.
No
Brasil, o consumo ainda é restrito. De acordo com Oliveira, os citrus sem
semente são cultivados no Brasil desde 1999. O principal produtor é o Rio Grande
do Sul, com 1,5 mil hectares de cultivares da Embrapa, localizados
principalmente na região da Campanha. As frutas, que oferecem o mesmo gosto
daquelas com semente, são vendidas para grandes redes de supermercados e feiras
livres.
Melancias –
Mesmo assim, parece pouco para quem sabe que a primeira melancia sem sementes
surgiu na década de 1950, no Japão. Por que, depois de tanto tempo, essa cultura
não se disseminou no Brasil, como nos Estados Unidos e em países da Europa? “O
preço da melancia sem semente é bem maior do que o da melancia normal, e os
consumidores não estão muito interessados em pagar mais apenas para não ter
sementes na melancia”, aponta o pesquisador Manoel Abílio de Queiroz, doutor em
melhoramento de vegetais e professor do curso de Mestrado na área de Genética e
Melhoramento de Plantas na Universidade do Estado da Bahia.
O
pesquisador acrescenta ainda que muitos fatores inibiram agrônomos de produzir
esse tipo de fruta nos últimos anos. A germinação das sementes triploides é
baixa, então a roça precisa ter também melancias comuns para fornecer pólen. “A
melancia triploide apresenta um certo número de sementes normais e, se for maior
do que quatro, ela não é considerada sem sementes”, explica ele.
É
Queiroz que explica a diferença genética entre a melancia com e sem sementes. A
comum tem 22 cromossomas. No processo de formação da semente, o pólen e o óvulo
possuem 11 cromossomas cada. Quando se juntam, é formada a semente com 22
cromossomas. No caso da melancia triploide (sem semente), a melancia comum
fornece 11 cromossomas no pólen, e o óvulo da melancia tetraploide, 22
cromossomas. Assim, a nova semente fica com 33 cromossomas. Esse tipo de
semente, quando plantado, fornece frutos sem sementes.
A
diferença genética não influi no sabor da fruta, garante a Syngenta, líder em
melancias sem sementes nos Estados Unidos.
“O que muda é que a melancia
permanece fresca por mais tempo, já que a semente em uma melancia normal pode
ser uma fonte de etileno, que causa o rompimento da polpa. Mais de 80% das
melancias produzidas nos Estados Unidos não têm sementes e são o tipo preferido
por quase todos os consumidores”, afirma o gerente de portfólio da empresa, Deal
Liere.
Uvas –
Cada fruta apresenta uma série de procedimentos diferentes. A Embrapa Uva e
Vinho já lançou três cultivares de uvas sem sementes. Hoje estão em teste 17
novas seleções (denominação de um tipo de uva até seu lançamento) sem sementes
em diversos polos de produção no País (Noroeste Paulista, Norte do Paraná, Norte
de Minas Gerais e Vale do Rio São Francisco).
Conforme
o pesquisador da Estação Experimental de Viticultura Tropical (EVT) da Embrapa
Uva e Vinho João Dimas Garcia Maia, a unidade utiliza a técnica do resgate e
cultivo de embriões, que possibilita realizar hibridações entre duas variedades
sem sementes e conseguir novas plantas sem sementes. Por meio da técnica, cerca
de 85% da descendência do cruzamento não terá sementes. “Com as pesquisas de
marcadores para apirenia (termo que designa fruta sem semente), espera-se poder
fazer seleção assistida em plântulas novas, se vão produzir ou não sementes,
antes de levar as videiras para o campo”, explica.
Mutação
natural – Nem sempre é necessária a ação dos cientistas para a produção
de frutas sem semente, como revela Queiroz. A “Laranja Bahia”, por exemplo,
originou-se de uma mutação natural. As laranjas de determinado galho de uma
laranjeira nasceram sem semente e com um umbigo. Essa parte da planta foi
multiplicada e então cultivada em diversos lugares diferentes. Esse tipo de
laranja mutante, embora raro, ainda pode ser encontrado em algumas cidades
brasileiras.
Popularização –
Os pesquisadores da Embrapa acreditam que as frutas sem sementes serão cada vez
menos raras em todo o Brasil. “A partir do momento que passam a consumir um
citrus sem sementes, as crianças só vão querer esse fruto e vão pedir para sua
mãe e seu pai comprar”, aposta Oliveira. Queiroz concorda: “Os EUA e alguns
países da Europa passaram muitos anos para poder ter o produto de forma normal
nos supermercados. As melhorias nos processos de produção e germinação das
sementes e a maior procura nos supermercados estimularam os agricultores.
É
provável que essa tendência também ocorra no Brasil”.
(Fonte: Portal
Terra)
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