Defendida pelo Brasil,
proposta é vetada na reunião anual da Comissão Internacional Baleeira;
organizações criticam falta de esforço diplomático
BRUNO DEIRO - O Estado de
S.Paulo – 03.06.12
Os
38 votos a favor da criação do Santuário Atlântico Sul foram insuficientes e o
projeto para proteger as baleias na região entre a América do Sul e a África,
que há 12 anos é apresentado pelo País, foi vetado ontem na reunião anual da
Comissão Internacional Baleeira (CIB), que ocorre nesta semana na Cidade do
Panamá. A aprovação da área de proteção dependia de 75% de votos favoráveis -
com 21 países contrários e 2 abstenções, o índice ficou em 65%. Representantes
de organizações ambientais criticam uma suposta falta de esforço diplomático
frente ao lobby de países caçadores de baleias, liderado pelo Japão.
Para Leandra Gonçalves,
do SOS Mata Atlântica, o santuário não sairá do papel enquanto não houver
transparência na votação. "Foram 21 votos contra, mas apenas 3 países (Japão,
Islândia e Noruega) realmente têm essa posição. O restante é de países menores,
que têm seus votos comprados", acusa a ambientalista, coordenadora do Programa
Costa Atlântica. Segundo ela, o maior avanço para este ano havia sido jogar a
votação para o início da discussão. Sem uma campanha forte da diplomacia
brasileira antes da reunião, no entanto, não houve a adesão esperada. "Todos os
anos, a maioria simples vota a favor. Mas, neste ano, se olharmos para o governo
brasileiro, houve retrocesso. O País sempre mandou muitos representantes, mas
durante as prévias faltou esforço para reforçar a campanha", afirmou
Leandra.
A
opinião é compartilhada por Truda Palazzo, diretor do escritório brasileiro do
Centro de Conservação Cetácea, que acompanha a discussão no Panamá. "Está
claro que o governo do Brasil não está fazendo a sua parte para conseguir esses
votos faltantes. Muitos países do Caribe e África têm relações bilaterais fortes
com o Brasil, mas não se consegue que o Itamaraty ou mesmo a Presidência eleve o
nível das gestões para se conseguir esses votos", afirma Palazzo. "Como um dos
idealizadores da proposta, em 1998, estou indignado com esse desleixo do País
com o tema. Dá a impressão de que o compromisso do Brasil com o tema é meramente
'diplomacia ornamental'."
O
governo brasileiro nega ter diminuído os esforços para a criação do santuário e
alega "questões burocráticas" para a baixa representatividade do País no evento
- segundo o Ministério do Meio Ambiente, há apenas um técnico do órgão
acompanhando as discussões na Cidade do Panamá.
Nova discussão. Nos
próximos dias, outra resolução bastante aguardada deve entrar na pauta. Ela se
refere à participação da Organização das Nações Unidas (ONU) na questão da caça
científica promovida no Santuário de Baleias do Oceano Antártico. "Não acredito
em novas votações para os próximos dias, mas essa é uma questão importante",
afirma Leandra Gonçalves.
"É preciso barrar a matança promovida pelo Japão, pois
não é preciso matar para se fazer experiências científicas."
UMA MENTIRA JAPONESA QUE DURA ANOS.
ResponderExcluirDEIXEMOS DE COMPRAR PRODUTOS JAPONESES seria algo que esse povo trabalhador e tão inteligente vai entender.
Se em SC não tivermos mais as baleias que nos visitam anualmente não chegarem mais, quem vai nos indenizar do turismo da contemplação desses cetáceos que vai deixar de existir ?
Os japoneses matam nossas baleias para produzir carne para cachorros e gatos.
ESSE TIPO DE TORPES E DE CRIME VELADO DEVE ACABAR.