Bosque Adalberto
Schmalz no América – Joinville
Gert
Roland Fischer
O "Bosque Schmalz", foi tombado em 1965
como área de preservação ambiental. O tombamento do imóvel foi feito à pedido
do falecido proprietário do imóvel, Adalberto Schmalz, com apoio da Prefeitura
Municipal de Joinville.
Desde março de 2011, tem
a Fundema o compromisso de encontrar uma
solução para o Bosque Adalberto Schmalz, que a pedido do proprietário foi
tombado no nível federal em 1965 como patrimônio paisagístico.
Orquidofilo dedicado,
cultivador de plantas ornamentais incluindo diversas exóticas, criou seu
próprio jardim botânico ao qual se dedicou fervorosamente. Um apaixonado por plantas, admirador da
natureza, de orquídeas em especial, que tinha como projeto eternizar seu bosque
de mais de 3,5 mil metros quadrados, com vegetação remanescente da Mata
Atlântica e suas orquídeas, e abrí-lo ao público para visitação. Porém isso não
aconteceu. Após sua morte, em 1973, o bosque se tornou um espaço mal cuidado de
área verde, cercado por muros em péssimas condições e que não atende mais a sua
função social. Apesar da falta de cuidados que os familiares não tiveram
condições econômicas de oferecer, ainda detém um potencial para tornar-se área
de aprendizagem e observação da natureza. Caso isso venha a acontecer,
estaremos finalmente homenageando seu idealizador.
Em 10 de março de 2011, o
Ministério Publico Federal de SC, ingressa com uma Ação Civil Publica com pedido de liminar pelo procurador da
República Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, contra a União, o Estado de Santa
Catarina, o Município de Joinville, o Instituto de Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) e os espólios dos herdeiros da área do Bosque
Schmalz, em Joinville.
Conforme o procurador, é total o descaso com o imóvel, "principalmente dos
entes públicos e suas autarquias que são comumente responsáveis pela
preservação e vigilância do patrimônio histórico em tela".
A ação requer que os herdeiros elaborem e executem um projeto de preservação do
imóvel. O projeto deverá ser elaborado pela equipe técnica do Fundema e da
Prefeitura Municipal de Joinville, com recomendações feitas pelo Iphan em seu
relatório de análise técnica. Outro pedido é que se adote medidas necessárias
para assegurar a vigilância do imóvel e impedir o acesso de terceiros não
autorizados, o que coloca em risco o patrimônio histórico, cultural e
ambiental.
Conforme
o MPF, caso os representantes do espólio demonstrem não ter condições
financeiras de preservar o bem tombado, os demais demandados, os entes
públicos, é que deverão cumprir as obrigações.
Foi sugerido que a Fundema, com o auxílio de outras instituições, pudesse
tornar o bosque num local público e aberto à visitação, desde que houvesse
controle no local. Não foi descartada a possibilidade da Prefeitura Municipal
de Joinville de realizar a aquisição do local, para que se iniciasse o processo
de recuperação do bosque.
O
programa Ecologia em ação dessa semana aborda esse tema em seu primeiro
segmento. A partir de 29.06.12 estará disponível no endereço www.ecologiaemacao.com e participe oferecendo sua sugestão de
que forma poderia ser utilizado esse imóvel.
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