28 de junho de 2012

VAMOS ABRIR O BOSQUE SCHMALZ


Bosque Adalberto Schmalz no América – Joinville
Gert Roland Fischer



O "Bosque Schmalz", foi tombado em 1965 como área de preservação ambiental. O tombamento do imóvel foi feito à pedido do falecido proprietário do imóvel, Adalberto Schmalz, com apoio da Prefeitura Municipal de Joinville.

Desde março de 2011, tem a  Fundema o compromisso de encontrar uma solução para o Bosque Adalberto Schmalz, que a pedido do proprietário foi tombado no nível federal em 1965 como patrimônio paisagístico.
Orquidofilo dedicado, cultivador de plantas ornamentais incluindo diversas exóticas, criou seu próprio jardim botânico ao qual se dedicou fervorosamente.  Um apaixonado por plantas, admirador da natureza, de orquídeas em especial, que tinha como projeto eternizar seu bosque de mais de 3,5 mil metros quadrados, com vegetação remanescente da Mata Atlântica e suas orquídeas, e abrí-lo ao público para visitação. Porém isso não aconteceu. Após sua morte, em 1973, o bosque se tornou um espaço mal cuidado de área verde, cercado por muros em péssimas condições e que não atende mais a sua função social. Apesar da falta de cuidados que os familiares não tiveram condições econômicas de oferecer, ainda detém um potencial para tornar-se área de aprendizagem e observação da natureza. Caso isso venha a acontecer, estaremos finalmente homenageando seu idealizador.


Em 10 de março de 2011, o Ministério Publico Federal de SC, ingressa com uma Ação Civil Publica com pedido de liminar pelo procurador da República Mário Sérgio Ghannagé Barbosa, contra a União, o Estado de Santa Catarina, o Município de Joinville, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os espólios dos herdeiros da área do Bosque Schmalz, em Joinville.
Conforme o procurador, é total o descaso com o imóvel, "principalmente dos entes públicos e suas autarquias que são comumente responsáveis pela preservação e vigilância do patrimônio histórico em tela".

A ação requer que os herdeiros elaborem e executem um projeto de preservação do imóvel. O projeto deverá ser elaborado pela equipe técnica do Fundema e da Prefeitura Municipal de Joinville, com recomendações feitas pelo Iphan em seu relatório de análise técnica. Outro pedido é que se adote medidas necessárias para assegurar a vigilância do imóvel e impedir o acesso de terceiros não autorizados, o que coloca em risco o patrimônio histórico, cultural e ambiental.

Conforme o MPF, caso os representantes do espólio demonstrem não ter condições financeiras de preservar o bem tombado, os demais demandados, os entes públicos, é que deverão cumprir as obrigações.

Foi sugerido que a Fundema, com o auxílio de outras instituições, pudesse tornar o bosque num local público e aberto à visitação, desde que houvesse controle no local. Não foi descartada a possibilidade da Prefeitura Municipal de Joinville de realizar a aquisição do local, para que se iniciasse o processo de recuperação do bosque.
O programa Ecologia em ação dessa semana aborda esse tema em seu primeiro segmento. A partir de 29.06.12 estará disponível no endereço www.ecologiaemacao.com  e participe oferecendo sua sugestão de que forma poderia ser utilizado esse imóvel. 

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