Em Paris, presidente da CNA afirma que legislação ambiental brasileira é uma das mais rigorosas do mundo
Kátia Abreu representa o país no Congresso Mundial da Carne, na França
Foto: Reprodução/CNA
Kátia Abreu citou como exemplo as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que integram o novo Código Florestal, e obrigam os produtores a se retirarem das margens dos rios, para que essas áreas sejam reflorestadas. A presidente da CNA defendeu as APPs, lembrando que, no Brasil, é reconhecida sua importância para preservação das fontes de água, o que levou à sua regulamentação em lei.
– Mas eu fico imaginando se nós pedíssemos aos agricultores que produzem às margens do rio Sena, do Tâmisa, do Reno e do rio Amarelo, na China, para se afastarem 100 metros de cada margem, para o plantio de florestas, sem nenhuma indenização, como a legislação brasileira impõe aos produtores do Brasil – disse a senadora.
Durante sua exposição, a senadora lembrou que o setor agropecuário brasileiro já vem se desenvolvendo de forma sustentável há décadas.
– Se nós observarmos o período de 1940 até 2006, quando foi realizado o último Censo Agropecuário no Brasil, tivemos um aumento no rebanho em torno de 400%. No entanto, a superfície de pastagem cresceu apenas 80% – afirmou ela.
A presidente da CNA lembrou que, atualmente, o agronegócio representa 33% de todos os empregos do Brasil e 37% de todas as exportações do País. Além disso, há 10 anos o setor é responsável por manter a balança comercial brasileira superavitária, em 29 bilhões de dólares. Tudo isso, disse a senadora, preservando o meio-ambiente.
– Em 2004, o governo brasileiro adotou o compromisso de diminuir o desmatamento em 80%. Ou seja, sair de 27 mil km² de florestas desmatadas por ano, para 5,4 mil km², em 2020. No final do ano passado, oito anos antes do prazo, nós já quase cumprimos esta meta, com uma área desmatada de 6,6 mil km² – explicou a senadora.
A presidente da CNA defendeu, ainda, a prática de criação do boi verde, que deixa o gado pastar livremente, mas é apontada como causadora de mal-estar animal.
– Eu quero lembrar a essas pessoas que esse boi não tem que andar quilômetros para se alimentar. A cada passo que o boi verde do Brasil dá, ele encontra comida. Ao contrário do boi confinado, que precisa comer oito quilos de grãos por dia, afetando a alimentação humana – afirmou Kátia Abreu.
RURALBR, COM INFORMAÇÕES DA CNA
Nenhum comentário:
Postar um comentário