ARAXÁ -
URGENTE
Bhopala, a maior
tragédia industrial da história humana que matou em pouco minutos, milhares de
pessoas e destruiu uma cidade inteira. A questão que fica no ar é que essas mineradoras de Araxá,
manipulando produtos altamente perigosos e em grandes quantidades, produzam uma
tragédia parecida, ou até pior.
Nas últimas semanas, o prefeito de Araxá, Dr. Jeová, cedeu um terreno
dentro da área urbana para que seja construída a planta industrial da mineradora
canadense MBAC que vai gerar milhões de toneladas anuais de rejeito altamente
tóxico, contaminando a atmosfera, os lençois freáticos e agredindo toda a fauna
e flora.
Todo o processo de doação das terras e aprovação das licenças foi
realizado sem o menor conhecimento da população, digamos, ‘na calada da noite’ e
sem o menor estudo de periculosidade e outros estudos de impacto ambientais
fundamentais para a implantação de um negócio dessa
amplitude.
A ameaça também existe na indústria de ácido sulfúrico
da Bunge, situada a poucos metros do centro da cidade, na qual armazena milhares
de toneladas de gas de amônia e amônia líquefeita (produtos de alta letalidade),
além de estocar a céu aberto uma montanha de enxofre. Que tipo de segurança
existe lá? Quais as medidas a serem tomadas em caso de um desastre industrial?
Quem está vistoriando o local?
Também existe ameaça no
processo industrial de produção dos minérios presentes nas tais Terras Raras
manipuladas pela CBMM. Este tipo de metalurgia produz gases tóxicos perigosos
cuja estrutura química mal é conhecida pelo cientistas do
segmento.
Ocorre que estas mineradoras manipulam a opinião pública, e escondem
o verdadeiro potencial de perigo que existe em seus processos, principalmente
quando políticos de passado duvidoso e de nenhuma capacidade técnica, estão por
trás emitindo autorizações e dando anuência para que as mineradoras possam agir
da forma que melhor lhes convém.
O desastre de Bhopal, assim como muitos
outros que ocorreram no mundo, deixa um alerta para nós araxaenses, que estamos
vivendo ao lado de ‘bombas relógios’ administradas por pessoas que só enxergam
dinheiro e poder e que manipulam tecnologias complexas e perigosas localizadas
muito próximas do centro da cidade. Fabio - Araxá
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