28 de abril de 2012

Revitalização da “Rua das Palmeiras” terá apoio da Câmara de Vereadores





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Escrito por Marcos de Oliveira. Posted in CVJ - Notícias


Durante encontro realizado nesta manhã entre o presidente da Câmara de Vereadores, vereador Odir Nunes, e o presidente da Fundação de Promoção e Planejamento Turístico de Joinville (Promotur), Augusto Kolling, foi discutido o projeto de reformulação da “Rua das Palmeiras” e da construção de um grande jardim na Expoville.
“Precisamos contar com o apoio da Câmara de Vereadores para aprovação do projeto e dessa forma recuperar a bela imagem deste atrativo turístico que, lamentavelmente, hoje, está comprometida”, observou Kolling.
Ele disse ainda que, um jardim na Expoville vai refletir para o turista realmente a imagem de “cidade das flores”, com a qual Joinville costuma se apresentar. Odir garantiu apoio do Poder Legislativo para o fortalecimento do turismo, e informou que está empenhado, juntamente com os técnicos da Fundação 25 de Julho, na solução para o retorno da aplicação do pesticida para combater a proliferação do borrachudo que atrapalha o turismo rural, “pois espanta o turista e prejudica o agricultor e as pessoas envolvidas neste setor da economia”, nas palavras do vereador.

Requalificação da Rua das Palmeiras vai estimular o convívio e a educação patrimonial

As obras de drenagem já iniciam nesta terça-feira (6/3)


Estimular a convivência urbana, fortalecer o turismo e preservar a história e o simbolismo do local, estes são os objetivo fundamentais do projeto de requalificação urbana da Rua das Palmeiras. A proposta foi apresentada à imprensa na manhã desta segunda-feira (5/3), na Sala do Colegiado da Prefeitura, reunindo o prefeito Carlito Merss, secretários municipais, membros do Conselho Municipal de Políticas Culturais e convidados. As obras já iniciam nesta terça-feira (6/3).

Considerado um dos principais pontos turísticos de Joinville, a Alameda Brustlein (conhecida por Rua das Palmeiras) integra o centro histórico da cidade, que abrange também o Museu Nacional de Imigração e Colonização. O projeto elaborado pela equipe técnica da Coordenação de Patrimônio Cultural, da Fundação Cultural de Joinville, contempla uma ação conjunta entre a Prefeitura e as secretarias: Ippuj, Conurb, Fundação Turística, Secretaria Regional do Centro, Seinfra, Secretaria de Assistência Social e Fundação Cultural.

A proposta de requalificação do local quer trazer mais segurança, estímulo ao comércio local, acesso e convivência da comunidade neste espaço público. Ao longo dos anos, o símbolo da cidade se transformou em ponto para usuários de drogas, sofrendo com a depredação dos bens tombadas localizados na região e com a insegurança. O pedido de melhorias no local foi amplamente discutido pela comunidade e agora se faz atendido por meio deste projeto.

O projeto foi aprovado pelo Conselho da Cidade e pela Comissão do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Natural do Município de Joinville (Comphaan), comissão a qual paritária representada por secretarias e fundações do setor público e instituições privadas da sociedade civil. Em fevereiro deste ano, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) autorizou a execução do projeto da Rua das Palmeiras. Os recursos destinados a esse projeto serão investidos pela Prefeitura, contando com as equipes de trabalho das secretarias envolvidas na ação.

Pensada pelo Ippuj desde 2002 e retomada nesta gestão pelo arquiteto Raul Walter da Luz, a requalificação da Alameda Brüstlein possibilitará a utilização do local também como espaço de desenvolvimento cultural e de convivência. Citando o lema da revolução francesa "Liberté, égalité, fraternité", o prefeito Carlito Merss atribuiu a requalificação dos espaços e a construção conjunta entre poder público e sociedade civil do Plano Municipal de Cultura - também apresentado neste ato - como um processo natural do exercício democracia e salientou a importância da utilização do espaço da rua das palmeiras. "Um ambiente que antes era utilizado por usuários de crack será agora vivido por toda a população. No aniversário de Joinville este é um presente para a cidade", enfatizou.

Para a revitalização, o projeto prevê o fechamento para carros de uma lateral da Rua das Palmeiras e a colocação de uma faixa de segurança elevada, pensando a segurança do pedestre. Um espaço central será preparado para eventos culturais e atividades que promovam a convivência e o exercício da cidadania. A área também terá um caminho central com pequenas sinuosidades, com o objetivo de valorizar os canteiros históricos e não concorrer visualmente com a paisagem já existente. O projeto paisagístico será realizado pela Fundação Turística.

O local receberá mais iluminação e mobiliário como bancos, lixeiras e suporte para musealização -os painéis contemplarão o histórico da alameda e a pesquisa arqueológica realizada durante a obra. Além disso, um projeto de educação patrimonial será realizado junto às escolas municipais durante a execução do projeto, visando as escavações realizadas pela equipe técnica do museu sambaqui. Posteriormente, o local entra na rota de educação patrimonial realizada pela Fundação Cultural e contemplará, mediante agendamento, todas as escolas do município.

Os usuários de drogas que utilizam o local já estão recebendo acompanhamento do projeto Porto Seguro, realizado pela Secretaria de Assistência Social, e serão acompanhados em conjunto com a Secretaria de Saúde, visando o tratamento do paciente e o bem-estar.

A obra tem o custo de R$ 417.530,63 e começa já nesta terça-feira (6/3) com a drenagem do local e o corte dos canteiros centrais. A escavação será acompanhada por arqueólogos do museu sambaqui e um técnico da Conurb. A previsão de conclusão é para maio de 2012.



Contato imprensa:


Fundação Cultural de Joinville
Assessoria de Comunicação
Emanuelle Carvalho
www.joinvillecultural.sc.gov.br
@Joincultural
(47) 9186.4195 | 8413.2208

Juarez Machado questiona projeto para revitalizar Rua das Palmeiras


05 de março de 201217
Patrimônio tombado de Joinville desde 2005, a rua das Palmeiras vem sofrendo com as avarias do tempo e de frequentadores nada amigáveis. Mas um projeto sonha em resgatar o respeito e o glamour da antiga alameda Brüstlein, como era conhecida pelos primeiros colonizadores.
O projeto de requalificação urbana da rua das Palmeiras foi desenvolvido pela Fundação Cultural, Ippuj, Seinfra, Conurb e Secretaria Regional do Centro e será apresentado oficialmente hoje, na presença do prefeito Carlito Merss e do presidente da FCJ, Silvestre Ferreira. Na mesma ocasião, também será apresentado o Plano Municipal de Cultura.
Mas a notícia da revitalização da rua das Palmeiras, no coração de Joinville, não agradou ao autor da última intervenção no ponto turístico, feita na década de 1970. Em passagem pela cidade, Juarez Machado tomou conhecimento das mudanças e volta para Paris, onde atualmente reside, com má impressão da nova proposta para o espaço, que começa a ser posta em prática a partir de amanhã. “Me sinto magoado, traído por não terem me consultado. Estão mexendo no que temos de mais nobre em Joinville”, opina.
Além da abertura da ala central da rua, a mudança prevê a ligação direta do espaço com o Museu Nacional de Imigração e Colonização, a partir da implantação de uma faixa de pedestres elevada na rua Rio Branco.
Juarez Machado foi o responsável por pensar a atual configuração paisagística do cartão-postal de Joinville. O projeto fechou a rua das Palmeiras para os veículos, mantendo o trânsito somente de moradores da localidade. Juarez Machado também introduziu gramados e ornamentou a rua com flores, que, segundo ele, possibilitaram que os joinvilenses tivessem a rua como um local de lazer para ler, namorar e brincar, sempre com o lema “é permitido pisar na grama”. “Duvido que algum outro projeto seja melhor do que o meu”, desafia.
A Fundação Cultural de Joinville não se pronunciou oficialmente sobre a discussão mas, para o coordenador de patrimônio cultural da fundação, Raul Valter da Luz, a revitalização não nega o projeto elaborado pelo artista, apenas possibilita uma maior acessibilidade para pedestres, que terão uma pista central à plantação de palmeiras, e outra ao lado exclusivamente para transitarem. O fluxo eventual de carros, que atualmente divide-se nas laterais da alameda, será canalizado para uma única pista. “A rua das Palmeiras sofreu modificações durante toda a sua história para atender às necessidades da cidade. Não queremos contrariar o artista, mas a revitalização era um pedido da comunidade”, explica o funcionário.
A reconfiguração da rua das Palmeiras passa por estudos e comissões desde 2002. Em 2004, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), na época representado pelo superintendente regional Dalmo Vieira Filho, aprovou a alteração na área tombada. Marcel Virmond Vieira, arquiteto e urbanista do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ippuj), um dos profissionais que assina o projeto de revitalização, conta que a ideia de repaginar o cartão-postal surgiu durante a criação de rotas de caminhada no Centro de Joinville, e que a essência do projeto do artista, que foi retirar os carros do ponto turístico, será mantida. “A ideia é de que o espaço vire uma praça para a realização de eventos e, assim, atrair mais pessoas para o lugar. Agora é questão de diplomacia, necessidade de fazer uma reaproximação entre Juarez Machado e a Fundação Cultural”, avalia Marcel.
Em sua última visita à cidade, o artista acompanhou por horas a movimentação da rua das Palmeiras, afim de perceber como ela estava sendo ocupada pelos moradores. O resultado não o agradou. O atual uso em nada alcança o que foi projetado há 40 anos, segundo o artista. “A rua deveria ser uma alameda cultural, com comércio de produções catarinenses, gastronomia, ao invés de estacionamentos”, critica.
>>> Reportagem de Rafaela Mazzarore on orkut

Comentários (17)

  • Idalézio diz:5 de março de 2012
    A cidade precisa se modernizar a atender as necessidades locais. Parabéns à equipe responsável pela atitude, Joinville precisa trabalhar mais e discutir menos.
  • Iara diz:
    5 de março de 2012
    Joinville deveria ter uma fundação cultural permanente , não politica , muito menos administrada por indicados ao cargo ......aí da no que vem dando faz tempo , desastres.
  • Ivo Aoki diz:5 de março de 2012
    Se o pessoal do PT mexer, vai estragar. Anotem.
  • Camile diz:
    5 de março de 2012
    Magoado? Ah, me poupe né!
    A rua é pública e quem deve saber o que precisa ser feito é a Prefeitura e a população que VIVE AQUI. E não um artista que trocou a cidade pela Europa há tempos.
    “Duvido que algum outro projeto seja melhor do que o meu”? Mas é muita pretensão mesmo. Não tenho nada contra, mas será que ele acha que é o único ser pensante desta cidade?
    É evidente o seu talento, mas daí a achar que deve obrigatoriamente ser consultado antes de mudar algo na cidade é um pouco de abuso.
  • Rafael Volpi diz:
    5 de março de 2012
    concordo com Juarez Machado e incentivo a ideia de colocar cultura no local através de estabelecimentos no ramo de artesanato por exemplo, que geraria uma movimentação maior de pedestres. transfornar o local em cultura viva, por exemplo restaurando os casarões e transformando-os em espaços de exposições e eventos culturais.
  • Beto diz:
    5 de março de 2012
    Magoado, traído por não ter sido consultado? quem ele acha que é, nem ao menos mora em JOinville, se achando dono ou prefeito ou queria alguma um algo mais.
    valeuuu
  • vitautas ostaska diz:
    5 de março de 2012
    Revitalizar a rua das palmeiras, sem mexer em seu entorno é jogar dinheiro fora.
    O local não oferece segurança. Os imoveis desocupados e ou mal aproveitados não terão o seu uso alterado só porque vão maquiar o local. Melhor uso do dinheiro seria desapropriar pelo menos um imovel e instalar por exemplo delegacia de policia que
    faria o policiamento do local 24 horas.
  • Silvio diz:
    5 de março de 2012
    Sinceramente! Tem alguma obra de arte lá que vale a pena questionar uma revitalização?
  • Gilberto Gadotti Junior diz:
    5 de março de 2012
    Eu sou contra a retirada do gramado, o resto sou à favor. A rua precisa ser vitalizada, mas isso não significa que precisa alterar o paisagismo existente. Joinville precisa de ver e de mais segurança. Se policiamento no local a marginalidade continuará adornando as ruas das Palmeiras.
  • Junior diz:
    5 de março de 2012
    Juarez Machado disse tudo. Não precisamos de mais uma praça de pedras na cidade.
  • Jones Selonke diz:
    5 de março de 2012
    Juarez Machado tem o seu valor inquestionável. Mas é muita pretensão se achar a \"azeitona da empada\". A rua das Palmeiras precisa de revitalização sim, é visivel.
    Acho que Juarez Machado deveria ter a humildade, se quer se útil para a cidade, de se colocar a disposição da Fundação Cultural, Ippuj, Seinfra, Conurb e Secretaria Regional do Centro ao invés de olhar a questão só do ponto de vista de seu umbigo.
    Mais consciência de suas limitações como ser humano que é, mais modéstia, Juarez Machado! A cidade precisa do espírito de coletividade e não de vaidades exageradas.
  • Alberto Kistoff diz:
    5 de março de 2012
    Quem serão essa tal Camile e sujeito denominado Beto. Serão jonvillenses? Se forem, é uma pena para a cidade.
    Juarez Machado é uma das poucas celebridades de nossa cidade e que tem um grande orgulho de dizer que é joinvillense. Demonstra seu amor por esta terra de uma forma unica. Consulta-lo seria um ato de nobreza, mas \"atos de nobreza\" estão muito longe daqueles que infelizmente estão conduzindo nossa amada Joinville.
    Ah, ia esquecendo... morar em Paris não é para qualquer um...
  • matisse diz:
    5 de março de 2012
    PIQUET foi bem melhor que o senna
  • João diz:
    5 de março de 2012
    Acredito que uma mudança se faz necessário a começar pelas casas abandonadas, como exemplo aquela que pegou fogo é uma vergonha estar como esta.
  • Margolf diz:
    5 de março de 2012
    O problema que a prefeitura remodela e depois não mantém, deixa tudo ao \"deus dará\", é o caso da rua das palmeiras, a muito tempo só se corta a \"grama\", a rua esta abandonada, o comercio formal praticamente não existe, a rua é muito pouco ela é usada pelos joinvillenses, o local hoje é ponto de prostituição e comércio de entorpecentes, tem locais totalmente abandonados, da medo circular no local, Espero que com a remodelação a vida volte a rua das palmeiras, até porque é loca de visitação de turistas e é a porta da frente do museu da colonização.
  • Pedro Jr. diz:
    5 de março de 2012
    Olha, se a prefeitura não consegue sequer consertar a avenida beira-rio (defronte a Lepper) onde as bonitas figueiras ali plantadas, ocasionaram um desnível na pista de rolamento e geram perigo aos motoristas, será que vale a pena mexer na rua das palmeiras? Melhor deixar como está e só fazer a manutenção. Não vamos desfigurar o cartão postal da cidade.
  • João Henrique Kiehn diz:
    6 de março de 2012
    Da mesma forma que o Sr. Juarez Machado foi convidado para dar um novo visual na Alameda Brüstlein em 1973 pela autoridade da época este mesmo direito tem a autoridade atual e como terão as futuras. O que mais me chama atenção neste caso é que ao meu ver, nunca foi respeitada a idéia inicial do Sr. Brüstlein. Todos se arvoram no direito de serem donos da cidade ou de suas obras que se tornam públicas.
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