01 / 03 / 2012.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2012/03/01/80626-industrias-querem-fonte-de-financiamento-para-investir-em-uso-racional-de-agua.html
Por clipping
Os industriais brasileiros querem que a arrecadação
obtida com a cobrança pelo uso de água das bacias hidrográficas brasileiras
tenha como destino o financiamento das empresas que desejam se modernizar em
relação ao uso racional da água. Esse dinheiro vem, principalmente, das
concessionárias de distribuição de água, das indústrias e das populações
locais.
A cobrança pelo uso da água é um dos instrumentos de
gestão dos recursos hídricos instituídos pela Lei 9.433, de 1997, no âmbito da
Política Nacional de Recursos Hídricos. Tem como objetivo estimular o uso
racional da água e gerar recursos financeiros para investimentos na recuperação
e preservação dos mananciais. Não se trata de imposto, mas de um preço
condominial fixado a partir de um pacto entre os usuários de água e o comitê da
respectiva bacia hidrográfica.
Com o objetivo de preparar um estudo de mecanismos
que garantam o acesso das indústrias a esses recursos, foi assinado nesta
quarta-feira (29) um acordo entre a CNI e a Agência Nacional de Águas
(ANA).
Entre 2003 e 2011, a receita com a cobrança pelo uso
da água nas bacias hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ);
do Rio Paraíba do Sul; e do Rio São Francisco chegou a R$ 209 milhões. Desse
total, cerca de 30% (R$ 63 milhões) foram pagos pelas
indústrias.
Segundo o Relatório de Conjuntura dos Recursos
Hídricos no Brasil, da ANA, a indústria é responsável por 17% do volume de água
retirada dos rios e lençóis freáticos do País e por 7% do consumo de todos os
recursos hídricos.
“Brasil e Tailândia estão entre os países que mais
sentem os efeitos das mudanças climáticas e isso tem resultado em prejuízos
bastante relevantes. Portanto, as discussões sobre água e meio ambiente já
deixaram de ter apenas uma visão rotulada como marketing e passaram a implicar
definições de medidas concretas a serem adotadas”, disse o presidente da ANA,
Vicente Guillo, durante a cerimônia de assinatura do acordo. (Fonte: Pedro
Peduzzi/ Agência Brasil)
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