Gert
Roland Fischer (*) 2011
O “escargot” e o caramujo africano são criados para
consumo humano. O caramujo africano tem a sua criação comercial nas regiões
tropicais do Planeta, inclusive no Brasil. Trata-se de um alimento forte,
vigoroso e barato, especial para fazer o cardápio de programas para combater a
subnutrição como o FOME ZERO.
Nas campanhas oficiais difamatórias contra o
caramujo africano, deve-se eticamente informar que jamais foi observado um só
caso de qualquer doença provocada e relacionada com o caramujo africano.
O relatório do CIAF - COMISSÃO INTERINSTITUCIONAL PARA O ORDENAMENTO E A NORMATIZAÇÃO DA
CRIAÇÃO DA ESPÉCIE EXÓTICA Achatina fulica),
oficializada pelo Diário Oficial do Estado, Seção I, SP 111 (148): 30, 4a
feira – 08/08/2001 pode ser ler que todas as doenças atribuídas a espécie,
nenhuma ocorre no Brasil.
Portanto a campanha insidiosa montada para
massacrar em território brasileiro o caramujo africano, não tem justificativa
razoável diante dos alertas sanitários.
O que as campanhas patrocinadas pelo impostos dos
contribuintes foi gerar estado de pânico criado nas mais diversas camadas da
sociedade brasileira. Em algumas cidades brasileiras circularam veículos de
transporte de massa, com dizeres chamando a atenção do grande perigo sanitário caso
esses animais forem tocados.
Os caramujos nativos são os que provocam inúmeras
doenças graves nos seres humanos. Estranha-se que não ofereça a ANVISA e o Ministério
da Saúde a mesma importância dada para a Achatina
fulica. Sabemos que no Brasil encontra-se um
dos maiores focos da esquistossomose no planeta terra. Doença grave existente
em todos os estados, principalmente com infestação endêmica nas áreas litorâneas,
na Região Nordeste, Leste e Centro-Oeste.
Já o caramujo africano, que não transmite nenhuma
doença, passou a ser o vilão de todos os caramujos existentes no Brasil. Passaram
tanto a ANVISA quanto as secretarias da saúde dos estados, a recomendar milionárias campanhas para destruí-lo.
Recomendam esses órgãos públicos que se deve matar os caramujos com, sal, vinagre,
álcool e fogo. Tais processos foram mostrados
em milhares de escolas. São animais maltratados
e judiados. Um exemplo que confundem o povo - principalmente as crianças para
as quais sempre foi ensinado que não se deve maltratar e judiar dos animais. São
crimes ambientais.
A conclusão que tiro dessas ações intempestivas do
Governo federal são bem simples e razoáveis: Tem alguém lucrando e muito com
esse programa insano de erradicação do caramujo africano.
Tratando-se de praga invasora, se reproduz sem
investimentos e se multiplica fartamente, estamos diante de um programa
altamente recomendável para o povo brasileiro. Trata-se de uma dádiva divina. A
natureza reproduz sem que seja necessário o tal do Trabalho. É so colher....
Diante de tão miraculoso processo da “multiplicação
dos pães”, o governo dos trabalhadores, dos agricultores sem terras e moradores
de periferias - todos beneficiados com programas de “bolsas”, deveria deverá criar
programas de incentivo a coleta dos caramujos africanos. Essas gigantescas
quantidades seriam entregues num frigorífico que os transformaria em alimentos
tanto para consumo humano, quarto para o arraçoamento de animais e peixes. Não
seria necessário lançar mão dos impostos do contribuinte, mas utilizar a renda
propiciada pela produção de alimentos que passarão a ser servidos nos restaurantes populares, colocados
nas cestas básicas e na alimentação escolar.
(*) Eng°. Agrônomo – CREA-SC 001288
Olá, Gert.
ResponderExcluirA Achatina pode atuar como hospedeiro intermediário em angiostrongilíases causando doenças como a meningite eosinofílica em humanos e verminoses pulmonares em felídeos e outras espécies animais.
mairaposteraro@gmail.com